quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Férias em Natal - parte II

Parei na parte das férias em que entra na história um simpático rapaz, alto, magro e bem clarinho. Tão clarinho que só podia ser de Curitiba! Logo que nos vimos ele já me pediu em casamento... (brincadeirinha.../rsrsrs.../não teve nada nem parecido com isso!). Mas acho que desde que nos encontramos tivemos uma sintonia. Nos conhecemos no passeio para Pipa. Fomos em uma van com outras 12 pessoas, entre elas, o casal do interior do Rio. Todas eram muito legais! A turma interagiu bem, mas quase todos eram casais, e nós éramos os aventureiros que estavam sozinhos rodando o Rio Grande do Norte. O que já é muita coisa em comum!

Está certo que ele quase estragou tudo quando falou sobre funcionários públicos, mas o incêndio foi apagado a tempo. Depois do passeio de lancha que fizemos para ver os golfinhos e conhecer outras praias, ele contou que ia dormir em Pipa para aproveitar o dia seguinte por lá. Na hora me lembrei que tinha planejado fazer isso desde que cheguei a Natal, mas faltavam dois dias para eu ir embora e eu não tinha feito nada para concretizar meu plano. Tinha até me conformado em passar somente o dia e voltar.

Mas conversa vai, conversa vem, ele levantou a bola. Por que você não fica aqui também? A luzinha ascendeu na hora, mas pensei logo: ‘as portas do meu quarto no hotel estão abertas, não tenho escova nem pasta de dente, shampoo, creme, desodorante, hidratante, etc, e o pior, quase nenhum dinheiro em espécie. Acho que não vai dar’.

Mas com o passar do dia fiquei pensando no que era mais importante naquela hora e no que dava para ser resolvido. Afinal de contas eu tinha amado o lugar e queria fica para conhecer outra praia no dia seguinte. Isso com uma boa companhia ficou ainda mais animador. No final eu concluí: ‘eu tenho um vestidinho, um par de chinelos do Cruzeiro (que vale ouro), um cartão e um amigo. Vai dar tudo certo’!

Nessas horas a gente percebe que não precisa de muita coisa pra viver. Sempre que eu viajo fico pensando quanto tempo posso passar fora de casa somente com aquela mala e sempre concluo que dá para ficar muuuuuuito tempo. E sem sentir falta de nada. Nesse dia vi que às vezes o que realmente precisamos cabe em um espaço menor que o de uma mala. Afinal, tudo que eu tinha estava em uma sacola de praia e assim eu passei o que talvez tenham sido os melhores dias da minha viagem.

A conclusão do diário de Natal fica para um último post...

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