quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Qual o verdadeiro valor de cada coisa?

Ontem estava navegando pela internet quando li a seguinte frase de Cecília Meireles:

"O vento é sempre o mesmo, mas sua resposta é diferente em cada folha. Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros".

Em uma análise nada profunda, me veio logo ao pensamento que é impossível ficar imóvel diante de tanta beleza! Porém lembrei logo que, para alguns, borboletas não enchem os olhos, e nem são notadas, mesmo com toda a sua magia e o seu esplendor de cores.

Um chocolate pode fazer a alegria de muita gente, não é? Em uma TPM, por exemplo, muitas mulheres pagariam uma fortuna por uma barrinha. Já para mim, chocolate é a última coisa que quero encontrar quando procuro um doce.

O fato é que as coisas em si não têm um valor. Somos nós quem atribuímos valor a elas de acordo com o nosso olhar, com a nossa vivência, com o nosso estágio evolutivo. E temos que tomar muito cuidado com o que valorizamos para não sermos eternos insatisfeitos.

Um passo considerável para a felicidade é dar valor ao que temos, ao que já conquistamos, ao que nos foi dado sem que precisássemos sequer ‘gastar um desejo’ (como as borboletas e os pássaros)... Tenho pensado que o que realmente tem valor é o que faz bem para a nossa alma, o que nos dá paz de espírito, o que leva e o que traz alegria verdadeira, o que enche de amor nosso coração... Esses pertences carregamos conosco a qualquer hora, para qualquer lugar.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

É muito feliz ter amigos!

Domingo eu encontrei uma grande amiga dos bons tempos de forró intensivo. Todo final de semana era um forró diferente e a gente lá dançando e vivendo altas aventuras. Dividimos muitos momentos importantes. E em algum ponto, quando já não dançávamos tanto assim, parece que a vida foi nos afastando. Quer dizer, eu pensava que a história era assim, mas hoje me pergunto se foi mesmo a vida...

Bem, o fato é que nos encontramos no aniversário de um ano de uma princesinha, filha de uma amiga que temos em comum. E pra mim foi um reencontro muito feliz porque naquela hora eu me lembrei o quanto gosto dela e como ela é importante pra mim. Voltei pra casa com o propósito de fazer algo pra não deixar mais que a ‘vida’ nos afaste. E também de recuperar o tempo perdido em outras amizades como essa.

Por isso, minha dica de hoje é: Encontre um amigo que você não vê há muito tempo.

É claro que alguns amigos estão longe fisicamente, mas têm aqueles que estão bem perto e quando a gente assusta os anos passaram e... por onde será que eles andam?

Amigos são preciosidades em nossas vidas. E nada mais gostoso que tê-los por perto, conversar com eles, rir juntos, ajudá-los, dividir aprendizados, momentos, alegrias, a vida. É importante demonstrar o quanto os amamos, deixar claro que eles são muito queridos. E só conseguimos fazer isso através de ações.

Então, pegue o telefone ou mande um e-mail, sugira um encontro para o final de semana. Não vamos deixar nossos amigos sempre para amanhã porque amizades são lindas flores perfumadas que têm que ser cultivadas com muito carinho. E lembre-se:

Se você quer ter bons amigos, seja um bom amigo!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pequena defensora da natureza

Ela tem 8 anos e sabe exatamente o que significa consciência ambiental. Sophia é uma menina que vai à escola e brinca de boneca como toda criança. Além disso, é nadadora do Minas Tênis Clube e bailarina de recesso. Resolveu dar um tempo pra dança.

Sophia é linda e extremamente inteligente. Já deu pra ver que eu sou sua fã número 1, não é!? Ela é filha de uma amiga do trabalho que adora ficar contando os casos da pequena. E ela apronta cada uma! Sophia tem criatividade pra dar e vender! Coisas de criança... que às vezes parece um adulto em miniatura...

Desde pequena, a menina já se preocupa com o meio ambiente e o futuro do planeta. Ela ajuda a cuidar das plantinhas de sua casa e adotou uma árvore no colégio onde estuda. Sophia leva adubo, molha a árvore e até conversa com ela. E não satisfeita, ela ainda faz campanha para conscientizar os colegas sobre a importância de cuidar da natureza. Nas horas vagas, ela escreve bilhetinhos coloridos e distribui no recreio.

E a fama da menina já vai longe! É jornal do colégio, é Estado de Minas... e agora ela é estrela do meu blog também! Difícil é conseguir um horário na agenda dela, afinal não é todo mundo que logo cedo já começa a dar sua contribuição para um planeta melhor! E o legal é que ela não pensa se é grande ou pequena, nem se vai conseguir salvar o planeta inteiro. Ela está em movimento, fazendo a sua parte.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Desapego já!

Recebi esse texto de uma pessoa que faz parte da minha vida há pouco tempo, mas que parece ter uma conexão porque sempre me envia textos que eu gosto muito de ler. Adoro tudo o que a Martha Medeiros escreve, e esse texto é uma boa pedida para o início do ano. Que 2010 seja um ano de desapego!

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma.

No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros. Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que se torna cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa. Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.

E se só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Algo mudou, e não foi só o ano...


Já se passaram 5 dias do novo ano. E eis que o tão esperado ano já nem é mais tão novo assim... Mas o que isso importa? Pra mim, o que está sendo realmente valioso é perceber que tenho algo novo na minha vida. Algo que pode durar pra sempre e me fazer muito feliz. E o melhor, só depende de mim. Muitas coisas já me aconteceram nesses poucos dias. Coisas boas e outras nem tanto...

Hoje parei pra pensar nos meus primeiros dias de 2010. E sabe do que eu me lembrei?

Da passagem de ano entre pessoas que eu amo, do cinema com as minhas amigas, das boas risadas, dos lanchinhos juntas, das conversas, de crianças que eu vi no shopping, da Marisa Monte no som do carro, de sorrisos e abraços, do passeio com a minha amada madrinha, das mensagens que recebi, dos comentários carinhosos que cada um deixou no meu blog, da vizinha amiga, das cores de um arco-íris, do sol radiante do final de semana, das estrelas e da lua, de um belo texto do Drummond que uma pessoa especial me enviou, dos meus queridíssimos que me dão carona diariamente para o trabalho, do ônibus vazio na volta, do grande amigo que está sempre na cadeira ao lado, da amiga que está um pouco afastada mas apareceu um dia desses pra almoçar, da visita alegre e da lembrancinha de Natal que ganhei hoje, da mais nova amiga bloguera (espero que isso esteja certo) que já está nos presenteando com suas borboletas no cabelo..., lembrei de Deus.

E quer saber? Concluí que eu sou muito feliz! E vejo que isso só depende de mim! O fato é que não foi sempre assim... E sabe o que mudou? Minha maneira de ver o mundo. Estou me esforçando para deixar as coisas boas prevalecerem na minha mente e na minha vida. E que elas se multipliquem a cada dia para que eu possa dividi-las com todos!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Se abrindo pra vida

Uma das coisas que mais gosto de fazer, depois de viajar, é ler! O que não deixa de ser uma viagem... Então, como meu primeiro post do ano, já que depois de muitos anos passei a virada em BH, vou falar sobre um livro que gostei muito.

Ele acabou de sair do forno e figura nas estantes da literatura espírita, mas penso que o tema central da história fará bem a quem crê e a quem ainda não crê nas teorias espiritualistas.

Em 368 páginas, Zíbia Gasparetto conta a vida de Jacira e de sua família. Ela é uma mulher de 38 anos que nunca teve um namorado e leva uma vida miserável com seus pais. Seus dois irmãos saíram de casa à procura de uma vida melhor e não deram mais notícia. Em seu estado de inércia, ela deixa que a mãe a controle e a faça pensar que ela não é capaz de mudar. E assim ela vai levando a vida, com seu empreguinho em uma oficina de costura, sem amigos e sem perspectiva. Achando que tudo é irreversível...

Um dia, algo diferente de sua rotina acontece, e ela começa a se abrir para a vida. Após Jacira mudar suas crenças, sua maneira de se ver e de ver o mundo, ela descobre potenciais e busca novos caminhos. Vale a pena ver o resultado em ‘Se abrindo pra Vida’!