De penas amarelinhas e cinza, com um toque de branquinho pelo corpo, era mesmo um lindo passarinho. Solto pelos ares, ele parecia gostar muito de sua imagem. Tanto que num belo dia de verão estava ele lá, se namorando no vidro de um carro, daqueles escurecidos que refletem a imagem de quem quer ver o que tem lá dentro.
Disseram que ele estava namorando uma 'passarinha' que morava dentro do carro. E ele estava tão apaixonado que bicava o vidro insistentemente pra libertar a sua amada. Mas só do interior do carro dava pra ver a 'passarinha', que mesmo assim foi libertada pela dona do carro e seguiu seu caminho.
Os dias foram correndo, e seis deles já eram passados. Em todos eles o passarinho estava lá, e bicava o vidro do carro até sangrar. Cobriram os vidros com pano, mas ele os retirava. Que busca incessante no mesmo lugar!
Acharam que ele estava se namorando. Narciso, quem sabe? Ou talvez, em sua imagem refletida, ele vira um outro pássaro. Algo como aquilo de olhar e não se ver. E por sete dias ele bicou, sangrou, se machucou e não houve quem o fizesse parar. Pobre passarinho...!
Que coisa mais irracional! – ouvi um casal comentar. Como ele pode se machucar desse jeito por tanto tempo e continuar a agir da mesma forma?
Coisas de passarinho, oras.
Será?
No sétimo dia ele finalmente se libertou dessa rotina. Desistiu?
Não. O carro finalmente foi embora, levando com ele todo aquele conflito. E o passarinho não entendeu nada quando chegou ao local de costume e não encontrou mais o carro/pássaro de quem já ficara íntimo.
Fiquei ali olhando pela janela e pensando: como somos gente passarinho...
Disseram que ele estava namorando uma 'passarinha' que morava dentro do carro. E ele estava tão apaixonado que bicava o vidro insistentemente pra libertar a sua amada. Mas só do interior do carro dava pra ver a 'passarinha', que mesmo assim foi libertada pela dona do carro e seguiu seu caminho.
Os dias foram correndo, e seis deles já eram passados. Em todos eles o passarinho estava lá, e bicava o vidro do carro até sangrar. Cobriram os vidros com pano, mas ele os retirava. Que busca incessante no mesmo lugar!
Acharam que ele estava se namorando. Narciso, quem sabe? Ou talvez, em sua imagem refletida, ele vira um outro pássaro. Algo como aquilo de olhar e não se ver. E por sete dias ele bicou, sangrou, se machucou e não houve quem o fizesse parar. Pobre passarinho...!
Que coisa mais irracional! – ouvi um casal comentar. Como ele pode se machucar desse jeito por tanto tempo e continuar a agir da mesma forma?
Coisas de passarinho, oras.
Será?
No sétimo dia ele finalmente se libertou dessa rotina. Desistiu?
Não. O carro finalmente foi embora, levando com ele todo aquele conflito. E o passarinho não entendeu nada quando chegou ao local de costume e não encontrou mais o carro/pássaro de quem já ficara íntimo.
Fiquei ali olhando pela janela e pensando: como somos gente passarinho...
2 comentários:
soos meso!! muito fofo o texto!!
beijão
www.sermulhereomaximo.com.br
Amei o seu blog. Esse post é simplesmente maravilhoso. Que bom que me achou na internet, pois tive a oportunidade de conhecê-la. Temos muita coisa em comum, pelo menos no que diz respeito aos tipos de postagem. Beijos e boa semana.
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